quinta-feira, 2 de março de 2017

O feitiço contra o feiticeiro.


TSE intima PSDB a explicar doações a Aécio em 2014

Ex-presidente da Gutierrez afirmou ter feito doações não declaradas 
Azevedo alegou ter doado R$ 19 mi à campanha presidencial de Aécio, e não apenas os R$ 12,6 mi declarados ao TSE / Valter Campanato/ABrAzevedo alegou ter doado R$ 19 mi à campanha presidencial de Aécio, e não apenas os R$ 12,6 mi declarados ao TSEValter Campanato/ABr

O ministro Napoleão Maia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que o PSDB se pronuncie sobre o depoimento do executivo Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez. Isso porque Azevedo afirmou ter feito doações não declaradas à campanha presidencial de Aécio Neves, em 2014.

O magistrado atendeu a uma petição feita pelo PT em dezembro, dentro do processo que julga as prestações de contas da campanha de Aécio Neves.

A solicitação do ministro do TSE foi feita depois que Azevedo, que é também um dos delatores na Operação Lava Jato, prestou depoimento dentro da ação que julga irregularidades da chapa Dilma-Temer, relatada pelo ministro Herman Benjamin.

Retificação no depoimento

Azevedo deu dois depoimentos a Benjamin, um em setembro e outro em novembro do ano passado. Na segunda oitiva, o executivo afirmou que as doações eleitorais feitas pela Andrade Gutierrez tanto à chapa Dilma-Temer como a Aécio Neves não estavam vinculadas a qualquer contrapartida nem ao pagamento de propina.

No entanto, Azevedo retificou o que havia dito anteriormente, afirmando que o valor total das doações da empresa à campanha de Aécio Neves foi de R$ 19 milhões, maior do que os R$ 12,6 milhões que constam no sistema do TSE, o que motivou a petição do PT e a ordem de esclarecimentos feita agora.

Ordem de esclarecimento

No despacho datado da última sexta-feira, Napoleão Maia deu o prazo de três dias para o PSDB explicar as declarações de Azevedo, contados a partir da notificação do partido.

A investigação de possíveis irregularidades nas contas da campanha de Aécio Neves foi determinada em agosto do ano passado pela ministra Maria Theresa de Assis Moura, então corregedora do TSE, após o PT denunciar aparentes inconsistências nas contas do candidato do PSDB à presidência.

À época, o PSDB disse que as alegações do PT eram “desprovidas de qualquer verdade” e que as denúncias tinham “nítido propósito político”.

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