O Globo
Hugo Chávez não precisa mais estar em território venezuelano para promulgar leis ou ditar ordens a ministros. A maioria do governo no Parlamento aprovou [ontem] uma autorização para que o presidente exerça o cargo a partir de Cuba, onde se recupera de uma cirurgia de emergência para tratar um abscesso pélvico desde a semana passada.
O documento aprovado pela Assembleia Nacional, o mais alto órgão do poder legislativo venezuelano, deixa em aberto a data de regresso, se limitando a informar que ele deve permanecer em Cuba até que esteja apto a voltar ao país.
A Constituição do país prevê que o presidente deve pedir permissão ao Parlamento cada vez que se ausenta por um período superior a cinco dias. Foi o que Chávez fez no dia 31 de maio, quando iniciou sua segunda viagem regional este ano, que incluiu passagens pelo Brasil e pelo Equador.
Como as razões da viagem mudaram e a data de retorno permanece indefinida, os partidos de oposição pediram que ele delegasse suas funções ao vice-presidente executivo, Elías Jaua, como prevê a Carta Magna do país.
Chávez chegou a Havana no dia 8 e manteve um silêncio atípico em sua passagem pela ilha até ser internado na sexta-feira após sentir-se mal durante uma reunião de trabalho.
Depois de passar por uma cirurgia, ele segue acompanhado de familiares e de representantes próximos do governo durante o período de convalescença.
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