Pelo menos metade dos 307 policiais acusados de cometerem crimes administrativos e/ou penais e que poderiam ser expulsos da corporação devem permanecer nos cargos. A previsão é do Comando Geral da PM, que ainda toca o levantamento dos casos para divulgar um balanço estratificado de qual o delito mais comum no desvio de conduta dos militares.
O alto percentual de absolvição a flagrantes de extorsão, por exemplo, daria-se por um “simples” motivo: falta de provas, apesar de a instituição considerar este tipo de crime como “grave”.
A recomendação por inocentar o réu partiria dos conselhos de disciplina montados para investigar as ocorrências. Três oficiais são designados a cada uma.
Após colherem depoimentos e analisarem indícios e perícias, eles emitem parecer sobre a permanência ou saída do policial. A avaliação é aceita ou não pelo comandante-geral da PM, coronel William Alves Rocha.
Militares acusados de agressão física, porte ilegal de arma, abordagem truculenta e disparos em via pública também estão no rol dos que devem sair ilesos dos processos. “Quando o conselho vai apurar, não tem o elemento probatório para colocar a pessoa para fora. Aí, só resta pedir a permanência deles mesmo”, admite o subcomandante da Polícia, coronel Hélio Severiano Vasconcelos.
Segundo ele, a situação é diferente para os acusados dos crimes de formação de grupos de extermínio, receptação, formação de quadrilha, atentato violento ao pudor contra adolescente, sequestro, agressão física e psicológica, estelionato, roubo à residência, extorsão e tráfico de drogas.
A estes, o coronel deu como certo o pedido de expulsão por parte do Conselho de Disciplina. Delitos assim somam cerca de 30% dos 307 processos
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