sexta-feira, 23 de julho de 2010

José Serra desafia Dilma a dar explicação sobre ligação do PT com as FARC.

O bate-boca entre a campanha tucana e a petista à Presidência da República sobre o suposto envolvimento do PT com as Forças Revolucionárias Colombianas (Farc) ganhou novo capítulo ontem.

De um lado, o próprio presidenciável José Serra entrou de vez na discussão, ao desafiar publicamente sua maior adversária, Dilma Rousseff (PT), a dar explicações sobre a possível proximidade de petistas com o grupo guerrilheiro. De outro, houve reações da Justiça Eleitoral, que concedeu direito de resposta ao PT, e do presidente Lula, que afirmou que Serra cometeu uma “insanidade” ao vincular seu partido às Farc.

A troca de acusações começou na semana passada, quando o candidato a vice de Serra, deputado federal Indio da Costa (DEM), fez tais insinuações em entrevista publicada no site Mobiliza PSDB, de suporte à candidatura tucana. Na entrevista, Indio falava não apenas no vínculo com as Farc, mas com o narcotráfico. “T0odo mundo sabe que o PT é ligado às Farc, ligado ao narcotráfico, ligado ao que há de pior”, disse ele então. Serrá já vinha defendendo a fala do vice, contudo ontem foi bem mais enfático, durante entrevista a uma rádio em Porto Alegre.

“O PT é aliado a uma força que pratica narcotráfico. Curiosamente, ninguém do PT veio (explicar), e estão devendo essa explicação, inclusive a Dilma Rousseff, para dizer que eles não tinham nada com as Farc”, emendou. “Você viu algum petista, inclusive a Dilma, explicando porque o PT é ligado às Farc, ou negando isso?” Para Serra, as Farc são “sequestradores, cortam cabeça de
gente, são terroristas”.

A resposta de Lula foi dada em entrevista à TV Record anteontem - o trecho com essa fala só foi ao ar ontem. “Eu fico triste quando eu vejo um homem da história do Serra dizer que o PT é ligado às Farc, eu fico triste. Porque o mínimo que eu esperava do Serra é que ele respeitasse o PT. Porque o Serra sabe que a gente tem afinidade histórica, a gente pode ter divergência político-ideológica agora, mas ele jamais poderia dizer uma insanidade dessa contra o PT, jamais”, afirmou o presidente.

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